
O projeto que prevê a
criação do estado do Maranhão do Sul - em tramitação no Congresso Nacional, por
iniciativa do senador Siqueira Campos (DEM-TO) - foi o principal tema em
discussão na sessão desta terça-feira (20), no plenário da Assembleia Legislativa.
O primeiro parlamentar a
abordar o assunto foi o deputado Antônio Pereira (DEM). Ele fez uma enfática
defesa do projeto e conclamou que todos os parlamentares maranhenses estejam
unidos e dêem sua contribuição para que o projeto seja aprovado no Congresso
Nacional.
“É muito importante que
todos os colegas deputados aqui desta Casa possamos juntos, em igualdade,
lutarmos por essa causa que considero justa para todos os maranhenses. Conto
com a bancada federal, os deputados federais e os senadores e conto,
principalmente, com a população do Maranhão do Norte, com a capacidade de
compreensão da população do Maranhão do Norte. Que Deus abençoe essa causa e
nos dê sabedoria para conduzi-la”, ressaltou Antônio Pereira.
Ele explicou que o senador
Siqueira Campos protocolou um projeto de decreto legislativo propondo a
realização de um plebiscito por parte da Justiça Eleitoral, para a criação do
Maranhão do Sul.
O deputado Rigo Teles (PV)
também defendeu com ênfase o projeto, lembrando que já foi presidente da Comissão
de Assuntos Municipais e sempre se manifestou a favor da criação de novos
municípios, como também a favor da criação de um novo estado no Maranhão.
“O Maranhão,
geograficamente, é um estado muito extenso. De São Luís a Balsas ou de São Luís
a Imperatriz são setecentos, oitocentos quilômetros. Então, nós estamos ali, em
Barra do Corda, a minha cidade, nós estamos a trezentos e setenta quilômetros
de Imperatriz, do rio Tocantins. Estamos a quatrocentos e trinta quilômetros da
capital, São Luís. Então, um estado com extensão territorial muito longa. E
deve haver, sim, essa divisão”, argumentou Rigo Teles.
Ele sugeriu a criação de uma
comissão parlamentar para ir a Brasília convencer os senadores, para que eles
aprovem o projeto o quanto antes.
No mesmo tom, os deputados
Professor Marco Aurélio (PCdoB), Wellington do Curso (PSDB), Pastor Cavalcante
(Pros), Zé Inácio (PT) e Hélio Soares (PR) também defenderam o projeto do
senador Siqueira Campos.
“Sabemos que esse sonho de
uma autonomia, de uma nova unidade administrativa é um sonho que por mais que
estivesse adormecido por um momento, talvez por um momento político conturbado,
talvez pela situação da crise nacional, mas este sonho é um gigante, um gigante
que poderia até estar adormecido, mas é um gigante que tem muita força”,
salientou o deputado Professor Marco Aurélio.
O deputado Wellington do
Curso disse que, mesmo não sendo da cidade de Imperatriz, tem um carinho e um
respeito muito grande pelo Sul do Maranhão.
“Defendo políticas públicas
para Imperatriz, defendo a cidade de Imperatriz. E podem contar não só com meu
apoio, com a minha solidariedade, mas com toda as minhas ações ombreando
juntamente os demais parlamentares e principalmente todos aqueles que anseiam,
que desejam a criação do Estado do Maranhão do Sul”, frisou Wellington do
Curso.
Os deputados Pastor
Cavalcante, Zé Inácio e Hélio Soares afirmaram que a Assembleia Legislativa vai
ter que debater o assunto, a partir de agora, como tema de sua pauta também.
“O Senado vai se debruçar
sobre esse tema, que é muito importante. E nós, maranhenses, vamos ter que nos
manifestar sobre a importância ou a necessidade ou não de se dividir o estado,
criar o Estado do Maranhão do Sul. Agora, é importante dizer que os últimos
estados criados, tanto o Estado do Tocantins como o Estado do Amapá, se
desenvolveram consideravelmente após terem autonomia política administrativa e
financeira”, afirmou Zé Inácio.
E complementou: “É um grande
debate que nós temos que trazer para esta Casa. Muito embora a primeira decisão
seja do Congresso Nacional, mas esta Casa Legislativa, que representa o povo do
Maranhão, precisa trazer esse debate para cá e destacar a importância desse
grande debate”.
O deputado Arnaldo Melo
(MDB), por sua vez, disse que os deputados estaduais e federais devem tratar
desse assunto, a partir de agora, de forma prioritária.
Arnaldo Melo frisou que
sempre foi favorável às emancipações: “Sempre defendi essa bandeira, mas nós
temos alguns percalços para superar. Por isso eu me coloco à disposição também
para nós conseguirmos unir a classe política em torno desse assunto. A classe
política da Região Tocantina, que será área emancipada, é a mesma classe
política de todo o estado. É preciso entender que é importante que aquela
região, tão pujante, tenha a sua própria estrutura governamental”, declarou
Arnaldo Melo.
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