São Luís conseguiu reduzir o índice de mortalidade
materna nos últimos dois anos. A informação é da Prefeitura de São Luís via
Secretaria Municipal de Saúde (Semus) que destaca ainda o aumento das consultas
de pré-natal na rede municipal nos primeiros seis meses de 2017.
"Os avanços são resultados do fortalecimento da rede
de atenção básica da saúde, de ações preventivas implementadas a partir do
investimento da gestão municipal na ampliação do acesso da mulher à assistência
em saúde, desde a gestação até depois do parto. Para nós, garantir o acesso das
futuras mães a estes serviços é prioridade e, por isto mesmo, estamos colhendo
os frutos deste trabalho, o que muito nos alegra", disse o prefeito
Edivaldo.
O atendimento por meio da Rede Cegonha, coloca em prática
a articulação das unidades para garantir o atendimento. Em São Luís, o
pré-natal está disponível em todas as unidades básicas de saúde que asseguram
também à gestante vacinação, suplementação de ferro e ácido fólico, a
realização da ultrassonografia e exames laboratoriais sem precisar de marcação
e a vinculação de uma maternidade para a realização do parto.
Além disso, a Semus realiza ainda oficinas e rodas de
conversa com as pacientes para orientar sobre gestação e cuidados com o bebê, e
as equipes de Saúde da Família fazem um trabalho de busca ativa para resgatar
gestantes que tenham abandonado o pré-natal.
O secretário municipal de Saúde, Lula Fylho, disse que as
reformas físicas feitas na rede de saúde tiveram um impacto significativo na
melhoria da assistência. "O projeto de fortalecimento da Atenção Básica é
muito amplo, e a primeira etapa foi de requalificação das unidades porque são a
porta de entrada da população em busca de atendimento. No caso da assistência
materno-infantil demos prioridade também à capacitação dos profissionais e a
garantia do pré-natal, que já tem como resultados a diminuição das mortes
femininas, relacionadas à gestação. Vamos trabalhar ainda mais para zerar essa
estatística", afirmou o secretário.
ATENÇÃO
Com oito meses de gestão, a cabeleira Edivânia de Jesus
Brito Pavão, 25 anos, começou a se preparar verdadeiramente há quatro meses,
quando foi indicada a conhecer os serviços do Centro de Saúde Valdecy
Eleutéria, no Residencial Paraíso, área Itaqui-Bacanga. Para ela, uma
facilidade, por ser perto de sua residência e um alerta para os cuidados com
seu terceiro filho. "Aqui eu aprendi muitas coisas e sempre que preciso eu
recebo a orientação e tenho resposta às minhas dúvidas. A equipe é maravilhosa
e muita atenciosa. Foi aqui que me orientaram a tomar todas as vitaminas e
assim estou me curando de um início de anemia. Encontrei mais que médicos aqui.
Encontrei verdadeiros amigos", afirmou.
"Com os acompanhamentos que fazemos, que inclui o
atendimento médico, a orientação às gestantes com palestras, debates e também
inserindo os companheiros nesse processo, temos conseguido fazer com que as
mulheres cumpram a rotina do pré-natal e se cuidem bem. Dessa forma, elas garantem
a gravidez saudável, tranquila e a saúde de seus bebês", pontuou a
enfermeira e diretora geral do Centro de Saúde Valdecy Eleutéria, Josélia
Morais.
Para facilitar ainda mais o acesso das gestantes aos
serviços, foi criado um grupo de conversas no whatsapp reunindo diversas
pacientes que interagem, tiram dúvidas e se informam sobre esse momento
importante da vida mulher.
O Ministério da Saúde preconiza a realização de, no
mínimo, seis consultas de acompanhamento pré-natal, como forma de garantir um
acompanhamento preventivo de riscos e redução de complicações que possam
comprometer a vida da mãe ou do bebê. Os dados da Semus mostram que 42,2% das
gestantes assistidas na rede municipal de saúde cumprem essa meta, e 57,8%
realizam mais de sete consultas de pré-natal ao longo de toda a gestação.
EXAMES
O coordenador de Saúde da Mulher da Semus, George Campos,
explica que a regularidade do pré-natal e a realização periódica de exames
laboratoriais são fundamentais para a classificação do risco gestacional.
"As consultas feitas nas unidades básicas permitem mapear a gestação e
quando há situações que podem interferir na evolução normal da gravidez ou
diagnósticos precoces de malformações fetais ou doenças congênitas do bebê, a
paciente é encaminhada para os ambulatórios ou hospitais que são referência
para a gestação de alto risco", afirma.
Apenas no primeiro semestre deste ano, a rede municipal
de saúde realizou 54.714 exames laboratoriais das 6.131 gestantes que estão em
acompanhamento nas unidades básicas.
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