O Governo do Estado, por meio do Departamento de Saúde
Mental (DSM) da Secretaria de Estado da Saúde (SES), iniciou o processo de
convênio com comunidades terapêuticas da região metropolitana de São Luís, que
tratam dependentes químicos, usuários de álcool e outras drogas.
Reunião com o chefe do DSM da SES, Márcio Menezes, o
presidente da Rede Maranhense de Diálogos Sobre Drogas (REMADD), Erisson Sousa,
a juíza Luzia Madeiro Nepomuceno, da 1ª Vara da Fazenda Pública, e
representantes das comunidades terapêuticas, nesta quarta-feira (25), discutiu
como será estruturado o trabalho e o que cabe a cada instituição. Participaram
também as comunidades ‘Instituto Ágape’ de São Luís, ‘CTM’, ‘Betel’ e ‘Ágape’
de São José de Ribamar, ‘Fé e obra’ de Raposa, ‘Fazenda Canaã’, ‘Kairós’ e ‘Monte
Tabor’ de Paço do Lumiar.
Segundo Márcio Menezes, chefe do DSM da SES, na primeira
fase, será observado o trabalho das comunidades para traçar os perfis
assistenciais e dar início ao plano de assistência de acordo com o que cada uma
desenvolve. “A partir do engajamento delas na questão da saúde, será feita a
inserção da mesma estrutura programática praticada no CAPS Álcool e Drogas,
baseada nas normas de saúde, sanitárias e de assistência, para estabelecer um
convênio que possibilitará o acesso à equipe multiprofissional da Rede
Estadual, bem como a dispensação de medicamentos, dentre outras ações”,
explicou Márcio Menezes.
A previsão é que em 30 dias o plano de ação esteja
elaborado. “As comunidades interessadas estão nos sinalizando. Nosso objetivo é
conseguir alcançar a todas e oferecer um suporte em saúde dentro das atividades
terapêuticas propostas que sejam determinantes para auxiliar o dependente a ser
tratado e reintegrado socialmente”, concluiu o chefe do DSM, Márcio Menezes.
Para o presidente da REMADD, Erisson Sousa, a parceria é
uma maneira humanizada de a gestão estadual enxergar as políticas voltadas aos
tratamentos dos dependentes químicos. “Essa parceria se estabelecerá primeiro
na Grande Ilha, que possui 45 comunidades. Consideramos um avanço na saúde
pública, pois esse é um problema que alcança toda sociedade. Ao oferecer esse
suporte, o Estado fortalece as instituições que atuam diretamente com o
cuidado, e humaniza ainda mais o serviço”, considerou.
A coordenadora geral da Comunidade Terapêutica do
Maranhão (CTM) de São José de Ribamar, Rosaniria Cutrim, ressaltou que é a
primeira vez que o Estado estende oficialmente a mão para auxiliar no
desenvolvimento dos tratamentos. “Teremos como somar, pois sozinho fica
inviável para ambas as partes. Essa é a primeira vez que vemos essa preocupação
de integrar e apoiar os serviços. Com esse apoio será possível alcançar
resultados muito maiores”, justificou a coordenadora.
Programa ‘Crack, é possível vencer!’
Nesta quarta-feira (25), representantes das secretarias
de Estado da Saúde, Extraordinária de Articulação de Políticas Públicas, da
Juventude e Segurança Pública, assim como da Polícia Militar e Civil,
participaram de uma reunião para socializar ações realizadas na prevenção ao
uso de drogas, a exemplo do programa ‘Crack, é Possível Vencer’, desenvolvido
na região do João Paulo. O objetivo da ação de Governo, em parceria com a
Prefeitura de São Luís, é definir intervenções conjuntas na região do centro
histórico da capital: preventivas, assistenciais, de repressão ao tráfico e
assistência e cuidados aos usuários.
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