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Rodrigo Maia defendeu mais discussão sobre a proposta: "não há anistia de um crime que não existe" |
Os deputados começaram a discutir em Plenário, nesta
quinta-feira, o projeto de lei com medidas contra a corrupção (PL 4850/16),
aprovado pela comissão especial na madrugada. Um requerimento de urgência
aprovado incluiu a matéria na Ordem do Dia, mas a votação não avançou.
Deputados pediram mais tempo e criticaram informações
sobre possíveis acordos para incluir no texto uma anistia ao caixa dois
eleitoral.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que vai se
reunir com líderes e presidentes dos partidos até a terça-feira (29) para
discutir melhor a proposta. Ele negou qualquer manobra ou acordo e ressaltou
que não há anistia negociada.
“Vamos acabar com essa discussão de anistia, não há
anistia de um crime que não existe. É só um jogo de palavras para enfraquecer e
desmoralizar o Parlamento”, disse.
Maia também disse que o Plenário pode decidir sobre o que
quiser.
“O Plenário tem independência para votar todas as
matérias, para aprovar qualquer texto, para rejeitar qualquer texto e ninguém
pode se sentir prejudicado por esta decisão soberana”, disse.
Tempo para debate
O relator da proposta, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS),
disse que os deputados precisam de tempo para analisar a proposta aprovada na
madrugada, que altera cerca de 30 leis.
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Para o relator Onyx Lorenzoni, "é preciso respeitar os 2,4 milhões de brasileiros que deram aval ao projeto" |
“Não é possível que o Parlamento brasileiro ache que pode
tratar uma proposta desta envergadura sem prudência e sem respeitar os 2,4
milhões de brasileiros que emprestaram a sua assinatura e seu aval a esse
projeto”, afirmou.
Presidente da comissão especial que analisou as medidas
contra a corrupção, o deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA) pediu calma aos
deputados na análise da proposta.
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