“Hoje temos uma renda, um salário igual ou até maior do
que o de uma pessoa concursada”. A declaração é de Francisco das Chagas de
Jesus, cuja família foi uma das 400 beneficiárias da primeira etapa do Programa
Mais Renda. Com o aporte do Governo do Maranhão, Francisco recebeu treinamento
e capacitação para gestão de seu negócio e um carrinho para venda de cachorro
quente e batata-frita. Investimento público que gera impactos diretos na vida
dele. “Estou conseguindo terminar a reforma da minha casa que há muito tempo eu
sonhava, vou poder dar um conforto melhor para os meus filhos”, declara.
Quatro vezes por semana, Chagas, como já é conhecido
pelos clientes, se dirige ao ponto escolhido no bairro do Turu com a esposa
Leide Pereira. Com as vendas iniciada há um mês e meio no carrinho de cachorro
quente e batata-frita, os dois conseguiram triplicar a renda que antes era
obtida apenas com a venda de guaraná. “Comecei a vender guaraná no ano passado
e assim que recebemos o carrinho, viemos para cá. No primeiro dia já vimos que
vendeu tudo. Quando era só o guaraná eu conseguia vender uns R$ 80,00 por dia,
agora fazemos uma média de R$ 250,00”, conta Leide.
Segundo os empreendedores, o benefício não foi apenas
monetário, além do cuidado na manipulação dos alimentos, Chagas e Leide
destacam as mudanças na forma de lidar com o dinheiro que entra. “Algumas vezes
a gente acabava gastando tudo e quando precisava para uma emergência, para
repor o que faltava, não tinha. Agora aprendemos a organizar, poupar,
reservamos o dinheiro de comprar o material e está dando certo”, explica Leide.
Na Vila Palmeira, Raimunda Nonata Nogueira Muniz é outra
beneficiária que também comemora os resultados com o Programa Mais Renda. Há um
ano vendendo caldos, bolo e café, com o carrinho do Mais Renda, ela também pode
diversificar os produtos e aplicar o que aprendeu nos treinamentos. “Eu aprendi
a economizar, a anotar tudo e agora tenho mais opções que são vender o cachorro
quente e o hambúrguer, que são muito procurados”, conta. Com a nova renda, dona
Raimunda que antes era empregada doméstica, não planeja voltar para a antiga
profissão. “Não há nada melhor do que trabalhar por conta própria”, afirma.
Acompanhamento
O secretário de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes),
Neto Evangelista, explica que o programa tem alcançado resultados
satisfatórios. “Os resultados já estão sendo colhidos, recebemos muitas fotos e
elogios da organização e qualidade da alimentação ofertada nos carrinhos de
beneficiários do programa que já estão oferecendo seus serviços”, informa.
Além do recebimento dos carrinhos, os beneficiários terão
a partir do mês de julho o acompanhamento de equipes técnicas, que darão
orientações, inclusive, sobre o microcrédito e microempreendedorismo
individual. “Algumas pessoas estavam completamente paradas e esse é um processo
de mudança lento, não tem como garantir o desenvolvimento do dia para a noite.
Eles serão acompanhados e assistidos e faremos isso a partir de julho.
Atualmente, estamos na fase de seleção das equipes que farão esse
monitoramento”, explica a gestora de Fomento às Atividades Produtivas da Sedes,
Fabíola Ewerton.
Expansão
Diante do sucesso do programa, o Governo do Maranhão já
destinou a dotação orçamentária de R$ 4 milhões para continuidade e expansão do
programa Mais Renda em São Luís e também no interior do estado. Além de 350
vagas para o interior do estado, outras 1.000 já foram garantidas para São Luís
na próxima etapa. Em São Mateus e Timon a seleção de beneficiários já começou.
“O programa é muito bom. Tem um investimento que tira
muitas famílias da subsistência para que elas cheguem a um patamar de
sustentarem suas famílias e pensar na expansão de suas vontades. E o resultado
desse sucesso é que o programa será expandido e já foi garantida a dotação
orçamentária de R$ 4 milhões para a expansão das novas 1.350 unidades, serão
100 em São Mateus, 250 em Timon e, ainda, teremos mais 1.000 beneficiários para
São Luís”, detalha a gestora Fabíola Ewerton.
No interior, o processo está em fase de seleção de
beneficiários, feito com o apoio dos Centros de Referência da Assistência
Social (Cras) dos municípios e, para participarem, os candidatos precisam estar
cadastrados no CadÚnico, trabalharem com alimentos ou estarem desempregados.
Após a seleção, serão iniciadas as etapas de capacitação e entrega dos kits.
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