Deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da
Petrobras repetiram hoje (9) a estratégia da semana passada e aprovaram em
bloco 73 requerimentos de convocações de autoridades e outras pessoas
envolvidas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Foi aprovada a convocação do ministro da Justiça, José
Eduardo Cardozo; do empresário Júlio Camargo; da advogada Beatriz Catta Preta,
que defende a maioria dos delatores investigados; do empresário Fernando
Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano; e do policial Jaime de Oliveira,
acusado de transportar dinheiro de propina a serviço do doleiro Alberto
Youssef.
Antes de a sessão começar, já havia acordo para aprovação
da convocação de Cardozo, Camargo e Baiano. O ministro da Justiça deverá ser
questionado sobre o grampo ilegal encontrado na cela de Youssef. Júlio Camargo,
ex-representante no Brasil da empresa Toyo Setal, está sendo investigado por
ter pago US$ 30 milhões em propina ao Fernando Baiano, apontado comopara
operador do PMDB no esquema revelado na Lava Jato. Em delação premiada, Camargo
confirmou que os pagamentos foram feitos a diretores da Petrobras ligados à
legenda.
Apenas os requerimentos de quebra de sigilo foram
aprovadas separadamente. Os parlamentares quiseram garantir o acesso a
informações, já que a família do doleiro Alberto Youssef conseguiu liminar do
Supremo Tribunal Federal (STF) para não abrir dados, alegando falta de
fundamentação da CPI.
Nesta semana, a comissão esperava fazer acareações entre
Pedro Barusco, ex-gerente da Área de Serviços da Petrobras, o ex-diretor da
empresa Renato Duque e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. A defesa de
Vaccari conseguiu o direito de o ex-tesoureiro não comparecer às duas sessões
que, segundo o presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), serão remarcadas
em breve.
Nenhum comentário:
Postar um comentário