
O resultado da operação foi apresentado em coletiva de
imprensa, na sede da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP).
Participaram da coletiva, o delegado geral, Augusto Barros; o adjunto da
Polícia Civil, Lawrence Melo; e o promotor de Justiça do Ministério Público,
Valentim Pinheiro.
A operação é coordenada pela Comissão de Investigação de
Agiotagem, da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), com
apoio do Grupo de Atuação Especial no Combate a Organizações Criminosas
(Gaeco), do Ministério Público. Iniciada na terça-feira (19), a operação foi
denominada ‘El Berite’, nome hebraico, que significa ‘Deus de Concreto’, em
alusão a uma das empresas usadas para desviar recursos públicos. A ação é mais
uma etapa no combate ao crime de agiotagem envolvendo prefeituras do Maranhão.
Esta é a terceira operação desencadeada no mês de maio e a quarta deste ano. O
delegado geral informou que mais de R$ 4 milhões foram movimentados de forma
irregular.
De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Augusto
Barros, a operação El Berite é mais uma etapa no combate à agiotagem no
Maranhão, envolvendo várias empresas, inclusive de construção civil. “As
operações são parte da política de combate à corrupção do governo Flávio Dino.
Nosso objetivo é responsabilizar gestores, ex-gestores públicos e particulares
que formam quadrilhas especializadas em fraudar processos licitatórios e
desviar recursos públicos”, pontuou. O
delegado geral destacou que essa etapa ainda não foi concluída, e que
diligências ainda estão sendo realizadas no interior. “O objetivo é localizar
determinadas pessoas para ouvi-las e interroga-las” informou.
O promotor de Justiça Valentim Pinheiro, destacou a
atuação conjunta da Polícia Civil com o Ministério Público. “Parceria de algum
tempo e que estamos mantendo com resultados muito satisfatórios. Além da prisão
dos envolvidos, foi realizado o sequestro e bloqueio dos bens dos presos”,
evidenciou.
Combate contínuo à agiotagem
No dia 5 de maio foram deflagradas as operações ‘Morta-Viva’
e ‘Maharaja’, envolvendo as prefeituras dos municípios de Marajá do Sena,
Bacuri e Zé Doca, que culminou com as prisões do prefeito de Bacuri, Richard
Nixon Monteiro dos Santos; o prefeito e o ex-prefeito de Marajá do Sena, Edvan
Costa e Perachi Roberto Moraes, respectivamente; o contador da Prefeitura de
Marajá do Sena, José Epitácio Muniz Silva, o Cafeteira; e Josival Cavalcanti da
Silva, o Pacovan, apontado como agiota nas investigações.
A 1ª operação deflagrada neste ano no combate ao desvio
de recursos públicos ocorreu no dia 31 de março, denominada ‘Imperador’. A ação
culminou com a prisão temporária da ex-prefeita de Dom Pedro, Arlene Barros; e
do filho dela, Eduardo Barros, apontado nas investigações como o líder do
grupo.
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