Durante audiência pública realizada na manhã desta
sexta-feira (13), no auditório Fernando Falcão da Assembleia Legislativa, o
relator da Comissão da Reforma Política, na Câmara Federal, deputado federal
Marcelo Castro (PMDB/PI), defendeu a necessidade urgente de mudanças no Sistema
Eleitoral brasileiro objetivando atender, de fato, aos anseios da população.
Ele afirmou que, hoje, o poder econômico está sendo mais
importante para o resultado eleitoral que a qualidade dos candidatos. Por isso,
acredita que somente com a mudança do Sistema Eleitoral poderá haver a
aproximação da classe política com o povo. Disse, ainda, que o poder econômico
é importante, mas não deve ser determinante.
“Nós precisamos corrigir urgentemente o nosso Sistema
Eleitoral que está exaurido; ele não consegue dar as respostas que o povo tanto
precisa. Está havendo um distanciamento entre a classe política e o povo
brasileiro”, disse, apontando pesquisa do DataFolha que afirma que 71% da
população brasileira não tem nenhuma identidade com os partidos políticos; e
que 70%, após as eleições, não sabem em quem votou na eleição passada.
Ainda de acordo com a pesquisa, o PT é o partido que tem
mais simpatia do povo, com 12% de aceitação; seguida do PSDB, com 5%; do PMDB,
com 4% e todos os outros partidos juntos, somam 4%. O levantamento diz ainda
que os partidos políticos e o Congresso Nacional têm o menor crédito com a
população. “Nós temos que lutar pelo aperfeiçoamento da Democracia para que os
eleitos possam expressar a vontade do eleitor”, disse Marcelo Castro.
PROBLEMAS DO PAÍS
O deputado Marcelo Castro elencou quatro quesitos que julga
serem os principais problemas do país: o custo exorbitante das campanhas
eleitorais; a excessiva influência do poder econômico; o elevado número de
campanhas eleitorais e o número exorbitante de marqueteiros. “Se votássemos no
partido, a campanha seria partidária e, isso, reduziria gradativamente os
custos da campanha”, acentuou.
O relator destacou três pontos importantes que devem ser
trabalhados na reforma política: o aumento da participação da mulher na
política; a manutenção do sistema proporcional e o fim do financiamento
eleitoral por empresas privadas. Ele ressaltou que o Sistema Eleitoral que
existe no Brasil é exclusivamente brasileiro.
Dentre as propostas apresentadas pelo relator constam: o
fim da reeleição, inclusive para o Senado, com a sugestão de cinco anos de
mandato; fim das coligações e correção dos gastos com marketing eleitoral. “Nós
queremos que o Sistema Político brasileiro reformado possa respeitar, de uma
maneira legítima, a vontade do povo; que os partidos políticos tenham filosofia
para o eleitor votar no programa do partido e que não distorça a vontade
popular”, finalizou ele.
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